Eu ando sabendo, ando procurando, ando
tentando... continuar em frente. Então, descobre-se o fim da eternidade, e não
há mais como usar a maquina do tempo. Já passou. Já se foi. Esquece. Mas... e se eu fingir? Eu posso. Isso foi sempre muito fácil pra mim. Mas vai doer quando
eu abrir os olhos e olhar para dentro e então perceber que não se vive de
lembranças.
Já
estavam sobrando pedaços de tanto faltar. Haviam muitos espaços em vão, e muita
coisa entalada. Eu sei que tenho a mania de colocar coisa aonde não tem, de
perseguir algo que não existe, de esperar o que não vem. Mas já cansei de
soluçar a noite e ter que dizer a mim mesma que vai ficar tudo bem.
Sempre tive mais morcegos do que borboletas. Sempre quis voltar pra casa, mas nunca soube
onde ela fica. Já me olhei muitas vezes no espelho e não me reconheci. Chutei
as pedras, esmurrei paredes, tentei sair de mim. Eu sei que dá vontade de
voltar naquele primeiro beijo e correr o mais rápido possivel. Não, você não
estava pronta. Eu sei que dá vontade de voltar naquele último abraço e apertar
mais forte. Sim, ele faria muita falta mais tarde. Mas menina, o tempo passou.
Já foi. Esquece. O café já esfriou, as
palavras já se perderam no caminho. O tempo agora é outro. Então não deixe pra
depois. Você já fez isso demais, agora é hora de correr atrás. De dizer “eu
quero” e não deixar mais escapar. Nós
sabemos que a Cinderela voltou para casa a meia-noite. Mas hoje o destino te
ofereceu uma carona. Agora, vai.
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