sábado, setembro 29, 2012

Bem-vinda a parte dois da sua vida.


 Eu ando sabendo, ando procurando, ando tentando... continuar em frente. Então, descobre-se o fim da eternidade, e não há mais como usar a maquina do tempo. Já passou. Já se foi. Esquece. Mas... e se eu fingir? Eu posso. Isso foi sempre muito fácil pra mim. Mas vai doer quando eu abrir os olhos e olhar para dentro e então perceber que não se vive de lembranças.
 Já estavam sobrando pedaços de tanto faltar. Haviam muitos espaços em vão, e muita coisa entalada. Eu sei que tenho a mania de colocar coisa aonde não tem, de perseguir algo que não existe, de esperar o que não vem. Mas já cansei de soluçar a noite e ter que dizer a mim mesma que vai ficar tudo bem.
 Sempre tive mais morcegos do que borboletas.  Sempre quis voltar pra casa, mas nunca soube onde ela fica. Já me olhei muitas vezes no espelho e não me reconheci. Chutei as pedras, esmurrei paredes, tentei sair de mim. Eu sei que dá vontade de voltar naquele primeiro beijo e correr o mais rápido possivel. Não, você não estava pronta. Eu sei que dá vontade de voltar naquele último abraço e apertar mais forte. Sim, ele faria muita falta mais tarde. Mas menina, o tempo passou. Já foi. Esquece.  O café já esfriou, as palavras já se perderam no caminho. O tempo agora é outro. Então não deixe pra depois. Você já fez isso demais, agora é hora de correr atrás. De dizer “eu quero” e não deixar mais escapar. Nós sabemos que a Cinderela voltou para casa a meia-noite. Mas hoje o destino te ofereceu uma carona. Agora, vai. 

sexta-feira, setembro 14, 2012

Com amor,



 Você pisou em minhas nuvens e causou tempestade. Mas, aos poucos, você mostrou que eu ainda conseguia voar. Me disse baixinho para eu não ter medo de abrir a vida, de me reinventar. Me mostrou como tocar as estrelas, e me segurou nos braços quando eu disse que estava com medo. Eu sempre gostei do jeito que você sorria com os olhos, e do jeito que você tocava aquele violão. Você sempre foi de esquecer as vírgulas e me deixar sem folego, mas tudo bem, bastava você segurar a minha mão e tudo ficaria bem outra vez. Bastava você se importar. E você se importou, segurou minha mão e disse que me amava toda vez que eu olhava para o chão e não sabia onde pisava. E pela primeira vez, o amor sorriu de volta pra mim.

terça-feira, setembro 11, 2012

E se eu sou, me deixe ser.



Eu sou todas as lembranças doloridas, todas aquelas lágrimas salgadas, e aquele sorriso ao lembrar daquele primeiro ‘olá’. Eu sou uma noite nostálgica, um dia de verão, sou poesia sem rima, sou o choro de um coração.  Eu sou todos os cobertores  e todos os chocolates quentes. Eu sou todos os solitários, todos o que amam demais, todos os que ainda não sabem amar. Eu sou toda a ignorância de alguém apaixonado, eu sou todo pensamento sábio de alguém que já sofreu demais. Sou fogo, sou gelo, sou ferro e aço. Sou chuva em um dia ensolarado. Eu sou o primeiro abraço, e o último olhar.

domingo, setembro 09, 2012

Chega


 E hoje declarei guerra com meu coração. Decidi quebrar as asas desse meu sentimento. Chega de sofrer de antecipação, chega de transbordar emoção.  A dor te fez criança, e hoje te mostra que você ainda tem muito o que aprender.
Chega de se apaixonar pelo primeiro sorriso. Chega de se apegar ao primeiro calor, naquele primeiro abraço. Deixa a vida fazer menos sentido, para de querer ter sempre algo para pensar. 

sábado, setembro 08, 2012

They call it "the end of the ride".

  E não, querido, eu não irei escrever seu nome naquele guardanapo, porque isso vai quebrar meu coração. Eu preciso voltar pra mim, preciso ser o que era antes, preciso me controlar mais uma vez.  Por que sem amor é tudo muito mais confortável, há mais paz. Quem sabe a solidão não seja  tão ruim assim. Por que nós dois sabemos, que no final desse nosso passeio, haverá um adeus. Haverá dor.