Apenas nada, ou apenas tudo.

Estou cercada de folhas amaçadas e de canetas sem tinta. São palavras soltas por aí, quase que não fazendo nenhum sentido. Então, eu estou aqui, procurando qualquer sentimento nestas palavras tão vazias. Escrevo, escrevo. Sem por quê nem pra quem, apenas pensamentos solitários e ocos. E eu sofri, querido. Sim, eu sofri. Deve ser essa a razão de tanto escrever, de tanto querer mostrar algo que não existe. É amar ninguém, sofrer por nada. Apenas amar alguém e sofrer por algo. Confuso, não? Viver entre pontos de interrogação e rimas mal feitas. Entre palavras ocultas e sentimentos passageiros. Apenas viver, ou talvez apenas existir. Andar lentamente, passando pouco percebida. Andar por entre pedras e cacos de vidros, e de vez em quando apreciar uma chuva de rosas. Essa vida que tanto nos diz e que pouco entendemos. Que tanto nos cansa e tanto nos faz querer ainda mais. Quero mais, amor. Não quero desistir, ainda não.